Energia compartilhada, o que é isso?
A mídia nacional cada vez mais fala sobre uma alternativa de energia sustentável e mais econômica, a energia compartilhada. Mas, afinal de contas, o que é essa nova modalidade que está crescendo tanto?
Primeiramente, é interessante entendermos o momento em que começa a geração de energia compartilhada.
No ano de 2012, a Aneel permitiu por meio da Resolução Normativa 482/2012 que o consumidor gerasse sua própria energia por meio de fontes limpas e renováveis. Abaixo, um trecho inicial da resolução:
Essa resolução já permitia que o excedente de produção fosse utilizado como créditos na conta do próprio gerador. Este crédito poderia ser utilizado no próprio local de geração, ou em demais localidades de propriedade do gerador, desde que atendidos pela mesma concessionária de energia.
No mês de Novembro de 2015, uma nova resolução da Aneel, de número 687/2015 veio melhorar a resolução anterior. A principal novidade é que ela instituiu a geração compartilhada, onde basicamente o gerador de energia poderia compensar o crédito com terceiro.
Abaixo o trecho que cria a geração compartilhada de energia:
Portanto, a energia compartilhada é regulamentada e regulariza a injeção de capital privado na criação de energia elétrica para o país. A partir dessa resolução surgiu o conceito de fazendas solares.
Essas fazendas são verdadeiras usinas fotovoltaicas que produzem a energia que serão utilizadas como crédito pelos consumidores. Uma empresa que se destaca nessa produção é a Sou Vagalume, geradora que já possui 34 fazendas em Minas e projeta mais 18 unidades até o final do ano.
Abaixo, uma reportagem do Jornal Nacional da Globo, comentando a economia proporcionada aos consumidores pela nova modalidade de compartilhamento energético.
A geração de energia compartilhada e a estratégia energética do Brasil
O compartilhamento de energia é parta da solução da matriz energética brasileira. Esse ano de 2021 estamos enfrentando uma das maiores crises hídricas da nossa história, e estrategicamente não é bom que o país tenha apenas um modal de energia concentrando tanto a fatia de produção de energia elétrica. As usinas hidrelétricas que concentram 60% da produção, são totalmente dependentes do volume de chuvas, o que é arriscado para o país.
Diante disso, a tendência é que alternativas como a geração de energia compartilhada e a participação do capital privado sejam cada vez mais, incentivados por todas as esferas governamentais.
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